É incrível como é possível prever a infidelidade em um casamento.
Ao contrário do que tantas vezes se pensa, não é uma questão de sorte ou azar.
Também não é uma questão de personalidade.
É verdade que há pessoas com maior dificuldade em estabelecer uma ligação de compromisso mas a minha experiência mostra que a maioria das relações extraconjugais não são intencionais ou planejadas.
Isso está muito longe de significar que sejam fruto do acaso ou que não possam ser evitadas.
É possível prevenir uma infidelidade e é fundamental estar atento aos sinais.
Se eu tivesse de identificar o principal sinal de que alguma coisa não está bem numa relação ao ponto de a tornar mais vulnerável à infidelidade, diria que é a existência de demasiados SEGREDOS.
É claro que a maioria das pessoas opta por esconder alguns detalhes do companheiro mas, de um modo geral, nas relações saudáveis essas são questões pouco relevantes e que não comprometem nem a confiança nem a ligação emocional.
Mas quando os segredos vem junto com o AFASTAMENTO FÍSICO OU EMOCIONAL o resultado é esmagador.
Em função da distância emocional, muitos casais dizem que a intimidade sexual deixou de ser o que era.
Passou a ser “normal” haver relações sexuais de seis em seis meses ou se torna aceitável a inexistência de gestos de afeto diários.
Muitas vezes, a pessoa que acaba por ser infiel não tem, de início, a intenção de o fazer. Conhece uma pessoa nova que dá a atenção que está faltando e se sente gratificado por isso.
Nem todos têm consciência de que já estão começando a ser infiéis: emocionalmente infiéis.
Na prática, sempre que pelo menos um dos membros do casal reprime os seus sentimentos, a relação passa a estar vulnerável. Reconhecer o problema, falar abertamente sobre isso e pedir ajuda serão escolhas que permitirão evitar uma infidelidade ou uma rutura.
Manter uma postura de transparência implica que a própria pessoa esteja muito mais consciente das suas escolhas e dos perigos que elas podem representar.
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